quinta-feira, 5 de março de 2009

Aula de Quinta

Desde que criei o blog, ou talvez um pouco antes disso, venho recebido excelentes retornos por parte de amigos e conhecidos a respeito dos meus textos, e muitos deles me relatam a vontade que tem de escrever da mesma forma e apesar de não me achar digno de tanta admiração por parte de minha distorcida e estranha forma de ver o mundo e vomitá-lo em forma de tecidos gramaticais ou mesmo verbais, resolvi juntar todo o material teórico e prático a respeito de minha aptidão literária, para poder levar a você, querido leitor, ensinamentos sobre como escrever de forma poética, dramática ou no mínimo convincente, desde tragédias gregas, passando por peripécias Machadianas chegando até contos eróticos entre uma fada e um cavalo alado. Sim! Inestimáveis companheiros, este será um curso totalmente grátis que ensinará a você as maravilhosas técnicas de se escrever de tudo, sobre tudo, a respeito de nada, formando opiniões duvidosas!

Então, sem mais delongas vamos ao que realmente interessa. É com muito orgulho que eu lhes apresento o Espetacular, o Colossal, o Magnífico, o Espacial, o Intergaláctico, o Celestial, incrível, insuperável, inominável, indecente e indiscutivelmente didático: “Meu pequeno manual prático de sobrevivência literária”.
Com o Tio Villas!


Parte 01 – Materiais Necessários:

Para começar a escrever bem, esqueça tudo que você aprendeu sobre estudo, nada de lugares arejados com mesas limpas contendo só o que realmente é preciso, um bom texto costuma nascer espontaneamente, quando você tiver uma boa idéia ou um pensamento profundo, não hesite em sacar sua caneta e começar escrever, seja no meio da noite sentado na sua cama ou no banheiro fazendo necessidades fisiológicas, tanto faz, o importante mesmo é que você esteja inspirado e tenha a mão alguns materiais maravilhosos que aqui chamaremos carinhosamente de "ferramentas", que são:

Papel e Caneta: Desde que foram inventadas, essas duas maravilhosas ferramentas são as armas mais poderosas dos escritores. O glamour de um texto manuscrito, com letras bonitas ou rebuscadas, jamais será superado por nenhum advento tecnológico, seja sua caneta uma simples bic ou uma sofisticada bico-de-pena. Claro que esse texto teve de ser digitado em um computador para chegar até você, ilustre aprendiz, mas saiba que antes de tudo ele foi escrito a mão com uma velha caneta toda mordida quase falhando, alem do mais, por motivos que transcendem meu entendimento, eu particularmente nunca consegui criar um texto sequer no computador, o que gloriosamente me rendeu (e continua rendendo) quilos e quilos de manuscritos dos meus textos originais, e quando releio me surpreendo com os diversos tipos e desenhos de letras que já tive e o que elas me falam em cada texto, eu consigo, por exemplo, identificar meus sentimentos no momento em que os escrevi só olhando pelos traços de minha escrita, por esse e muitos outros motivos eu recomendo o bom e velho papel acompanhado de uma eficiente caneta na hora de escrever, até porque, quem é fotossensível como eu, não vai agüentar ir muito longe escrevendo direto no computador.

Dicionário: E você me pergunta: "Você realmente usa um dicionário pra escrever Tio Villas?!" E eu te respondo: "Jamais!"
De fato, eu não pego em um dicionário desde a oitava série, mas eu deveria! O dicionário é uma potente ferramenta que te ajudará no importantíssimo quesito "vocabulário", que será essencial mais adiante.

Estímulo Sensitivo e/ou Emocional: Guarde esses nomes, eles serão abordados mais adiante.

Fim da Parte 01

terça-feira, 3 de março de 2009

Postagem de Terça

Bom... Atendendo pedidos de alguns amigos meus, decidi postar textos antigos que eu achei uns tempos atrás em alguns cadernos da época em que eu escrevia coisas aleatórias a respeito de coisas mais aleatórias ainda, e ainda me impressiono quando releio alguns textos e me recordo de alguns estados de extremo romantismo, chakras elevados ou pura falta de insanidade por minha parte, afinal, eu costumava escrever sobre momentos que eu vivia, ou tormentas que circundavam minha cabeça me aporrinhado as patacas como se pedissem para ser escritas, enfim, feliz ou infelizmente, a maioria dessas "coisas" foram escritas e documentadas, mas por um infortúnio do destino eu não ouvi meu professor de literatura e teimei em não colocar datas exatas dos dias em que escrevi meus textos, mas me lembro de todas as circunstancias em que foram escritos, e falarei um pouco de cada um deles a medida que forem postados (todas as terças).

O texto que se segue foi escrito no ápice do que eu chamo de “minha pequena loucura quântica relativa”, escrevi tentando descrever de forma poética e puramente semântica meus entendimentos sobre o livro “O Universo em uma Casca de Noz” do grande mestre da física quântica Stephen Hawking, dono da cadeira que foi ocupada nada mais nada menos do que por Isaac Newton na confederação de físicos (só que, como ele mesmo menciona no livro, a cadeira de Newton não era motorizada. XD). Só pra esclarecer o motivo da minha paranóia com o livro, eu o li quatro vezes e ainda não entendi “lhufas”. Eis o resultado...

Quanticidades

A vida não tem sentido, no máximo ela tem uma direção, mas mesmo assim, por culpa da ciência, que ficou com aquelas frescuras termodinâmicas de irreversibilidade da flecha do tempo, da impossibilidade de reversão da direção das reações químicas e da eterna tendência a desordem e ao caos pelo aumento da entropia do tempo que o sistema provoca, ficamos na eterna dúvida de tudo sobre tudo, a não ser pelas incertezas que nos causam essas duvidas, essas sim, são quanticidades indiscutíveis, pelo menos até que a morte nos mostre a verdade, enquanto isso, a vida não tem sentido, no máximo, ela tem uma direção...


Renato Villas